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Bosque das Arapiracas – quando projetos importam mais que vidas

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- Que a construção – ainda inacabada – do bosque das Arapiracas contribuiu muito para a prática de exercícios físicos, e, conseqüentemente, para a melhoria da qualidade de vida da população arapiraquense, é indiscutível. Mas incontestável também é o fato de que a falta de dispositivos que provoquem a redução da velocidade dos veículos que trafegam pelo local pôs em risco a vida de quem mora nas proximidades e precisa constantemente atravessá-lo.

Seguro para quem eventualmente passeia, perigoso para quem cotidianamente transita, o Bosque das Arapiracas desperta uma questão interessante: pensando em quem o bosque foi construído? É fácil concluir que para a população, diga-se de passagem, carente, que vive no entorno não parece ter sido. O problema não é de hoje, as reivindicações não são as primeiras, mas as soluções nunca se apresentaram.

Não foi o pai de empresário atropelado e morto, nem sãos os filhos dos nossos representantes políticos os acidentados, foi o senhor Eronides da vila, o Mateus, filho da Quitéria, os fulanos e os cicranos da vida.


Quando a vida de um tiver tanto valor quanto a de outro, mais ainda, quando a vida da gente simples tiver mais valor do que os projetos arrojados, essa será não só a Metrópole do Futuro, mas a Metrópole do Futuro onde todos poderão e desejarão viver. Por enquanto, só Metrópole do Futuro, e quem viver, e somente quem, a verá.