Seguro para quem eventualmente passeia, perigoso para quem cotidianamente transita, o Bosque das Arapiracas desperta uma questão interessante: pensando em quem o bosque foi construído? É fácil concluir que para a população, diga-se de passagem, carente, que vive no entorno não parece ter sido. O problema não é de hoje, as reivindicações não são as primeiras, mas as soluções nunca se apresentaram.
Não foi o pai de empresário atropelado e morto, nem sãos os filhos dos nossos representantes políticos os acidentados, foi o senhor Eronides da vila, o Mateus, filho da Quitéria, os fulanos e os cicranos da vida.
Quando a vida de um tiver tanto valor quanto a de outro, mais ainda, quando a vida da gente simples tiver mais valor do que os projetos arrojados, essa será não só a Metrópole do Futuro, mas a Metrópole do Futuro onde todos poderão e desejarão viver. Por enquanto, só Metrópole do Futuro, e quem viver, e somente quem, a verá.